17/01/2012

O dia veio buscar-me...

Roubou parte de mim..não sei quanto me levou?…
Mas faltou em mim o espaço onde guardava as lembranças.
Teria sido hoje o dia para rever as coisas esquecidas?
Teria sido a razão do meu dia não se lembrar de terminar.
Eram duas horas da manhã e tudo continuava em silêncio, as palavras estavam ali naquele amontoado de emoções…Quem guarda acha!!! Já dizia a avó, e eu procurei no sítio onde guardara, as memórias dum dia de sol em que o dia não se quis deitar…Suspirou, num murmúrio rendido ao cansaço fechou os olhos,foi para onde moram todos os pores de sol…alquimia do passado, onde ficam as pétalas de rosas e as jóias desenhadas pelo vento….para me mostrar, coisas, esquecidas, antigas de menina que não sabe chorar.
Utopia do pensamento, virei a página e escrevi…falta-me um a” para escrever amor, e dos ps” que encontrei nenhum queria ser a primeira letra de paixão… Dizia baixinho o h” para que precisam de mim para escrever Hoje?...para que existo se ninguém fala de mim? Soprando ao ouvido do amanhã perguntei…Tesouro (mal guardados) alquimia, que eu amava?..(sei eu que hoje falo da química da alma)
Não menina, no escuro das noites nada me podes dizer, porque o silêncio do sol não tem preço, e ele, foi dormir, e com ele levou todo o ontem, todo o hoje, se te demorares por aqui leva também o amanhã...
Contavam as fadas em leves murmúrios que os assobios do vento eram aventuras de menina que sonhava! Desenhava o que sentia, e daquele amontoado de palavras nasceu a minha nota…
Pequenina como uma gota de orvalho da manhã, que no primeiro raio do sol desaparece.! O dia veio buscar-me, levou-me para o amanhã…
 

Toia (renascer 2012)

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Sonho de menina